segunda-feira, 16 de novembro de 2009

PASSEIO DE MOTO A MONTE VERDE / MG (15 NOV 2009)






Há alguns meses atrás, fiz um passeio de moto até São Francisco Xavier, um distrito da cidade de São José dos Campos (SP), na região da Serra da Mantiqueira, procurando por estradas de terra para passear. Encontrei uma estrada que ia na direção de Joanópolis (SP), mas não segui viagem, pois estava sem gasolina suficiente.

Na semana passada me lembrei novamente daquela ocasião e resolvi olhar no mapa para ver como chegar lá. No meio das minhas buscas, descobri que pela mesma estrada, poderia chegar até Monte Verde (MG).

Assim, comecei de manhã cedo a minha viagem em direção a São Francisco Xavier. Saindo de São José dos Campos (SP) pela estrada SP-50, segui em direção a Monteiro Lobato (SP) e de lá peguei a estrada Vereador Pedro David (SJC-150) para São Francisco Xavier. O dia não estava muito bom, mas decidi ir assim mesmo. A distância entre São José dos Campos e São Francisco Xavier, por este caminho, é de 55 quilômetros.

Chegando em São Francisco Xavier, parei no escritório de turismo para pegar algumas dicas e um mapa da região. O mapa dava a "dica" para pegar a Estrada Ezequiel Alves Graciano (SJC-214), que vai em direção a Joanópolis. Assim que você sai do centro de São Francisco Xavier, a estrada é pura terra. Antes de chegar a Joanópolis existem placas de indicação mostrando onde você deve entrar para chegar a Monte Verde. De São Francisco Xavier até Monte Verde são 53 quilômetros de distância. Você só voltará a ter estrada de asfalto, um pouco antes de chegar ao portal de entrada de Monte Verde, mas o asfalto tem tantos buracos, que a estrada de terra estava melhor.

A distância total entre São José dos Campos e Monte Verde, por este caminho, é de 108 quilômetros e o tempo de viagem beira 3 horas. A estrada de terra está em boas condições, mas tem alguns trechos em descida com muito pedregulho. Se não tomar cuidado você acaba caindo.

A história de Monte Verde começa com o Sr Grinberg, que em 1938, adquiriu terras na então região dos Campos do Jaguari, no município de Camanducaia (MG), para formação de uma fazenda. Com o passar dos anos, ele começou a ceder terras para que amigos construíssem suas casas em sua fazenda e assim se formou Monte Verde. Apenas uma curiosidade: o nome Grinberg, traduzido para o português significa MONTE VERDE.

Atualmente, Monte Verde é um distrito da cidade de Camamducaia (MG) e está a cerca de 1550 metros de altitude. Considerada a Suíça do Estado de Minas Gerais, seu recorde de temperatura negativa é -14 graus Celsius. É um lugar pequeno, mas muito legal.

A paisagem (e também o preço das coisas) de Monte Verde me lembrou muito Campos do Jordão (SP).

Monte Verde oferece várias opções para os turistas. Você pode alugar jipes, motos, quadriciclos e bicicletas para fazer passeios pelo local. Pode ainda fazer um vôo panorâmico pela região, fazer caminhadas por diversas trilhas nas montanhas e até patinar no gelo, em uma pista coberta.

A cidade oferece muitas opções para você comer, especialmente comidas típicas alemã, italiana e mineira. Não deixe de parar no restaurante Beija-Flor e pedir uma porção de pastéis de bacalhau e queijo. É simplesmente incrível.

Depois de almoçar, comprei algumas lembranças para levar para casa, dei umas voltas para conhecer a cidade, tirar fotos e peguei o caminho de volta. Na região de Joanópolis, começou o maior temporal. Parei para vestir minha roupa de chuva e segui viagem. Continuou a chover forte até a saída de Monteiro Lobato, depois a chuva parou.

O que mais me surpreendeu nesta viagem, foi a sinalização da estrada de terra. Existem placas de indicação (mesmo rústicas) por todo o caminho. Você não consegue se perder, mesmo que queira. Um detalhe importante: não é aconselhável levar pessoas na garupa nesta viagem.
( Texto e fotos: Wilson Luiz Negrini de Carvalho )

Para você que gosta de uma aventura em moto, ou quer despertar o espírito aventureiro sobre duas rodas, recomendo o livro abaixo:

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

PASSEIO DE MOTO A SALESÓPOLIS / SP (02 NOV 2009)






No ano passado eu havia ido para Salesópolis (SP) visitar o Museu Usina e em outra ocasião este ano, no Carnarock que é uma festa de um grupo de motociclistas de lá: Lobos da Nascente e Lobas da Nascente.

Estava querendo dar mais uma olhada por Salesópolis, para ver o que tinha de interessante por lá, e é claro, conhecer a nascente do Rio Tietê, que das outras vezes não foi possível conhecer.

Saindo de São José dos Campos (SP), peguei a Rodovia dos Tamoios no sentido Caraguatatuba (SP), até o ponto ela se encontra com a Rodovia Carvalho Pinto, pegando esta última em direção a São Paulo. No trevo de entrada para Jacareí (SP), existe também uma entrada para Santa Branca (SP). Peguei a entrada para Santa Branca e segui pela Rodovia Nilo Máximo (SP-77). Passei por Santa Branca e pela mesma rodovia, cheguei até Salesópolis.

A rodovia SP-77, no trecho entre Jacareí e Santa Branca está bem ruim. No trecho entre Santa Branca e Salesópolis está em boa parte com asfalto novo, mas em alguns trechos existe só meia pista para se transitar, por causa da estrada estar desbarrancando de um dos lados.

Chegando em Salesópolis, fui na direção da Usina, mas no meio do caminho vi uma placa para um outro lugar chamado Aterrado. Resolvi ir até lá para ver o que tinha. Na verdade, quando cheguei lá o pessoal me disse que o local se chama Represa do Aterrado. Realmente, é uma pequena barragem que separa um monte de água dos dois lados. Fiquei lá alguns instantes, tirei fotos e continuei minha viagem em direção à Usina.

Para chegar na Usina, você pega uma estrada de terra com cerca de 10 quilômetros de extensão. Motos como a minha, no estilo "trail", passam sem problemas. Motos de outros estilos vão dar um pouco de trabalho para o piloto. Uma dica: atualmente, para entrar na Usina de terça à sexta-feira, você paga R$ 4,00 e aos sábados a entrada é gratuita.

No portão de entrada da usina havia uma placa dizendo que eles estão abertos de terça-feira a sábado e era segunda-feira. Está bom. O lugar eu já conhecia mesmo e não faltarão oportunidades para voltar lá.

Dei uma passada pelo centro da cidade, tirei umas fotos da Igreja Matriz e me pus a caminho da nascente do Rio Tietê. Para chegar lá, você pega a Rodovia SP-88 em direção a Paraibuna (SP), cujo asfalto está muito bom. Entre os quilômetros 107 e 108 existe uma entrada à direita, bem sinalizada, para a nascente do Rio Tietê. Você segue por mais seis quilômetros em estrada de terra e chega lá.

Para entrar na nascente você paga R$ 2,00 e existe uma pessoa bem no lugar onde nasce o Rio Tietê, para dar algumas explicações. Você pode fazer algumas trilhas pelo meio da mata, mas logo na entrada já é alertado por um cartaz indicando que cobras, enxames de abelhas, lagartos e lagartas são comuns pelo caminho. O local possui um pequeno museu, banheiros e água potável. Tudo muito limpo, organizado e bem cuidado.

A água na nascente é tão limpa, que ao fotografar a nascente e olhar a imagem, você tem a impressão que apenas fotografou pedras sobre a areia.

Fiquei algum tempo por lá e depois iniciei a viagem de volta para casa.

Embora não tenha visitado a Usina Museu desta vez, eu já a conhecia e é um passeio que vale a pena fazer. Existe um guia especializado que sempre acompanha os visitantes, contando toda a história do lugar. Em um mini-laboratório no local, o visitante pode fazer algumas experiências científicas simples, que envolvem energia e magnetismo (para crianças é bem interessante). Você sobe uma escadaria até onde ficam as comportas e pode apreciar a vista ou tirar lindas fotos. As quedas d'água são muito bonitas. Depois visita a "casa de máquinas" onde poderá ver uma antiga turbina, que funciona até hoje. O local possui banheiros, água potável, é limpo e muito bem cuidado. Você pode comprar algumas lembranças em uma "lojinha" dentro da própria usina.

Se quiser fazer uma refeição, saindo de Salesópolis pela estrada SP-88 em direção a Paraibuna, existe um restaurante bastante concorrido chamado Nhá Luz. O local é simples, mas a comida é muito boa.

Um pouco mais a frente tem também a lanchonete e sorveteria Cachoeira da Porteira Preta (sede de um motoclube local), lugar legal e muito popular. Aproveite para tomar um banho nas cachoeiras.
( Texto e fotos: Wilson Luiz Negrini de Carvalho )

Para você que gosta de uma aventura em moto, ou quer despertar o espírito aventureiro sobre duas rodas, recomendo o livro abaixo:

domingo, 1 de novembro de 2009

PASSEIO DE MOTO A MONTEIRO LOBATO / SP (01 NOV 2009)



O dia começou com o céu limpo e um sol muito bonito.

Havia planejado uma viagem até Guararema (SP). Nem chegamos a rodar 1 quilômetro sequer e tivemos um imprevisto. Guararema ficaria para outro dia.

Mudados os planos. Eu e os amigos Raul e Paula seguimos para Monteiro Lobato (SP) para almoçarmos lá.

O Raul disse que conhecia um caminho diferente para chegar em Monteiro Lobato e concordamos em fazê-lo. Saindo de São José dos Campos, indo pela estrada em direção ao clube Luso-Brasileiro, passamos a entrada do mesmo e continuamos por uma estrada de terra até chegar em uma rotatória, já na cidade de Caçapava. Nesta rotatória, existem diversas placas de indicação. À esquerda, uma estrada para Monteiro Lobato. Inicialmente ela é asfaltada e é de mão dupla, depois, começa a estreitar e temos passagem somente para um veículo. Finalmente, o asfalto acaba e se transforma em uma estrada de terra até quase as proximidades de Monteiro Lobato, quando voltamos a ter asfalto e pista de mão dupla. A estrada termina bem na entrada da cidade de Monteiro Lobato, em frente à Delegacia de Polícia.

A paisagem pelo caminho é muito bonita. Em um trecho de terra, estávamos no alto do morro, cercados pela floresta, quando ouvi um forte barulho de água e olhei para baixo. Uma cachoeira muito legal. Paramos as motos na beira da estrada e descemos o morro. Não sei como a cachoeira se chama, mas o local é muito bonito. Olhando ao redor, pudemos ver que a cachoeira começava muito antes de onde estávamos e ia muito mais adiante. Depois de tirarmos algumas fotos, subimos o morro de volta e seguimos viagem.

A Aldeia do Buquira, acabou se transformando no "Patrimônio da Freguesia de Nossa Senhora do Bom Sucesso do Buquira" por volta de 1854. Em 1880 transforma-se no município de Buquira. Em 1948 o nome do município mudou para Monteiro Lobato, em homenagem ao escritor José Bento Monteiro Lobato, que morou em uma fazenda da região e onde escreveu alguns livros. A cidade conta com quase 4000 habiantes e suas principais atividades econômicas são o turismo, o artesanato e a agropecuária.

Chegamos ao centro da cidade por volta das 13:50 horas. Por sugestão da Paula, fomos almoçar no restaurante Tia Nastácia, localizado na Praça Comendador Freire. Como o restaurante estava lotado e havia uma lista de espera razoável para a mesa, resolvi ir até o outro lado da praça, na Torteria e Café Sabor Da Terra, comer um pedaço de torta e tomar um refrigerante. Embora não seja apreciador de frango, o pedaço de torta de frango com catupiry que eu comi estava uma delícia.

Voltei para o restaurante e depois de aguardarmos um bom tempo, conseguimos uma mesa. O restaurante é bastante concorrido, e com toda razão. A comida que eles servem é excelente e a quantidade de cada porção é capaz de satisfazer até os apetites mais vorazes.

Terminado o almoço, retornamos a São José dos Campos (SP) pela estrada SP-50.

Na minha percepção, Monteiro Lobato é um local adequado para ir passar um fim de semana ou mesmo umas férias sossegado. O ambiente da "roça" aliado à paisagem da montanha e às cachoeiras do local, tornam sua estadia perfeita.

Quando for a Monteiro Lobato, não deixe de fazer uma refeição no restaurante Tia Nastácia, ou tomar um café com torta no Sabor da Terra. Vale a pena.
( Texto e fotos: Wilson Luiz Negrini de Carvalho )